Verão
Mal o verão chega,
ao Sol que cresta,
A vendedeira não se
atrapalha:
Defende os olhos,
nariz e testa
Com um doirado
chapéu de palha.
E, no carrinho,
espalha, então,
Tomate fresco e
beringela,
Melão, damasco, que
ótimos são
Nas sobremesas e nas
panelas.
E chama, alegre, os
seus clientes
Que se amontoam,
logo, ao redor:
- Comam damasco,
metam-lhes os dentes,
Pois mata a sede,
mais calor!
António Manuel Couto
Viana, Versos de Cacaracá, Texto
Editores, 2010
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